sábado, 18 de dezembro de 2010

Arte Afro-brasileira: Rubem Valentim

Rubem Valentim nasceu em Salvador (BA) no ano de 1922 e faleceu em São Paulo em 1991. Autodidata, começou a pintar em meados da década de 1940 quando, ao lado de outros então jovens artistas, contribuiu para o movimento de renovação do panorama cultural baiano.
Artista dotado de grande originalidade, já então praticava uma pintura não-figurativa de base geométrica, num tempo e numa cidade em que o abstracionismo não era bem aceito. Rubem Valentim partiu de uma pintura que revelaria, no começo, fortes influências parisienses; mas, olhando para dentro de si mesmo em meados da década de 1950 passou a utilizar, como matéria-prima do seu fazer estético, sua ancestralidade africana, o atavismo negro a que se referiria em 1966 o crítico italiano Giulio Carlo Argan, para quem a arte do brasileiro corresponderia a uma "recordação inconsciente de uma grande e luminosa civilização negra anterior às conquistas ocidentais". E o fez sem nenhuma concessão ao folclórico, ao turístico ou ao pitoresco, antes interpretando a simbologia ritualística de seus antepassados em termos de visualidade pura.
Finalmente, passando a residir em Brasília e possivelmente influenciado pela espacialidade característica da cidade, sentiu a necessidade de recortar, do suporte bidimensional da pintura, seus símbolos e signos, concedendo-lhes a vida autônoma de objetos tridimensionais.

Dentro do projeto de cultura e arte afro e afro-brasileira, as turmas de 7ºs e 8ºs anos trabalharam as formas simétricas de Rubem Valentim e a religiosidade presente em suas obras, através de colagens e esculturas.

Colagens - 7ºs anos




 Esculturas - 8ºs anos




  






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